A cidade se move conforme as pessoas se movem pela cidade. Seja
vivenciando trocas e encontros, experimentando a esfera pública na
convivência com a diversidade, na pressão democratizante que favorece a
cidadania, seja ao contrário, sucumbindo à estruturas precárias. Essa 2ª
temporada registra a realidade em transformação da experiência da
mobilidade. Principalmente em sua capacidade de definir o espaço público,
forçando e reforçando configurações sociais no corpo da cidade. A cada
programa personagens urbanas e especialistas se encontram em trânsito para
compartilhar experiências e ampliar a visão sobre questões relacionadas:
Como a mobilidade influencia a formação de vizinhanças. Ou como dialoga
com a vocação dos bairros, promove a inclusão ou experiências urbanas
saudáveis? Como a mobilidade afeta a questão da moradia e dos movimentos
sociais? Quais os efeitos psicológicos das calçadas vazias, ruas perigosas,
bairros super vigiados, o mercado do medo. A arte urbana ressignificando
caminhos. O que vem pela frente? Qual o futuro dos estacionamentos? O
ciclo-ativismo e a luta pela humanização do espaço público. As cidades de
Uberlândia, MG, referência mundial em acessibilidade; Afuá, PA, 30 mil
habitantes, sem carros, só barcos e bicicletas; Manaus, onde o rio divide
passageiros com o asfalto; Curitiba, a capital mais motorizada do país, e
Macapá, a menos motorizada. Em linguagem ágil e acessível, a série investiga
a influência da mobilidade urbana na configuração social das cidades, em
depoimentos e conversas que humanizam as questões num registro in loco da
relação do cidadão com seus caminhos.